sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Distância (Música por João Lira)

Verso 1:
Se fechares os teus olhos
Poderás então lembrar
Do que não acabou
Do sentimento que ainda há

Não estamos mais perto
Mas nada é diferente
Do que havia antes
Do que existe entre a gente

Sei que fui embora
Não sei se um dia vou voltar
Não te prometo nada
Que depois não possa te dar

Refrão:
Que essa distância
Não nos separe
Mais do que já o faz

Que o que temos
Agora persista
E não se acabe jamais

Verso 2:
Mentiria se eu dissesse
Que não sinto vontade
De ter-te em meus braços
Disso eu sinto saudade

De sentir o teu cheiro
De você junto de mim
O tempo então para
E então não tem mais fim

Cada minuto parecia
Que duraria pra sempre
Mas mesmo agora tão longe
Não quero seguir em frente

Ponte:
Porque sem você
Nada vale a pena

Refrão:
Que essa distância
Não nos separe
Mais do que já o faz

Que o que temos
Agora persista
E não se acabe jamais

A verdade (que você nunca vai saber)

Falar a verdade. Esta aí algo que é um exemplo do que parece ser altruísta mas que pode também não ser. A verdade talvez não seja desejável. Seria mentir correto então? Mentir não, mas se pode fazer um bem danado apenas em omitir. Quem disse que ignorância é benção era muito sábio. Se você não tem conhecimento de uma coisa, então você não é afetado pelo que a ciência dessa coisa poderia te trazer. Quanto mais se sabe, mais se é responsável, mais se é ansioso, mais se é preocupado, mais coisas enchem sua cabeça...

Um exemplo disso seria o que você conta ou deixa de contar aos seus pais. Quando cheguei em Brasília eu cortei o meu dedo. Sangrou que só, tive que dar pontos, mas eu não contei a minha mãe. Pra quê? Ela já tem tanto problema na cabeça. Colocar mais uma preocupação só iria piorar a qualidade de vida dela. Outra coisa que só leva a problemas é contar da sua vida intima (leia-se: sexual). Imagine qual é a reação de um pai ao saber que a filhinha dele, a princesa dele, perdeu sua inocência para um qualquer (e independente de quem seja, o cara sempre será um qualquer). Mesmo mães também podem não reagir bem. O sonho de todo pai/mãe é ver sua filha intocada até o dia do casamento, uma expectativa que nos dias de hoje é quase irreal. Claro que tem pais que são abertos em relação a isso. Mas esses são exceção.

E a verdade dentro dos relacionamentos amorosos? Alguém aí (também) já acabou um namoro porque não aguentava mais ver o outro sofrer? Sabia que as brigas continuariam, então preferiu deixar a outra pessoa livre pra encontrar outro alguém mesmo amando muito ainda essa pessoa? Mesmo que se arrependa depois? Outro caso: alguém aí (também) já calou um eu te amo porque sabia que se a outra pessoa continuasse alimentando esses sentimentos só iria trazer dor? Você ouve aquela pessoa que você gosta tanto dizer isso pra você e você quer dizer de volta mas sabe que não é o melhor. As circunstâncias do relacionamento fazem você concluir que nunca daria certo e então você finge que não sente algo mesmo que até o bater do seu coração saiba que não é verdade.

É sempre uma decisão difícil. De certa forma é até presunçoso querer saber o que é melhor pro outro e o que não é. Mas nós somos levados pelas mais puras das intenções ao fazer isso. É nesses momentos, talvez, que se revela o quanto se gosta da outra pessoa. Porque afinal talvez fosse cômodo continuar num relacionamento conturbado. Deixar que ele se destrua por si só. Mas por outro lado, é preferível acabar com algo enquanto ainda se tem boas lembranças, do que esperar ele terminar e não sobrar nada de bom pra se recordar.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sem rumo (Música por João Lira)

Verso 1:
Ando sozinho
Sem saber pra onde vou
Não sei mais ao certo
Quem realmente sou

Dúvidas que vem
Respostas que não são
O que eu procurava
Dentro do meu coração

Verso 2:
Nada na vida mais importa
Não tenho mais razão
Minha história não tem jeito
Não vale nem esta canção

Não sinto mais nada
Como posso continuar?
Se eu não sou ninguém
Por que esta dor não quer parar?

Ponte:
Estava perto do fim
Mas você me salvou

Eu estava sem rumo
Mas você me encontrou

Refrão:
Será que você
É quem pode me dar
O que eu preciso
Tudo que eu sonhar

Que seja você
Não me faça esperar
O tempo foi longo
O momento é agora

As diferenças que (não) nos unem

Quando duas pessoas entram num relacionamento, é natural que elas mudem, tenham que se adaptar. Mas até onde isso é saudável e/ou desejável?

Já aconteceu comigo, provavelmente com você também: numa bela noite de verão você sai com os amigos e conhece aquela pessoa, que te chama a atenção logo de cara. Daí vocês engatam num papo, conversa vai, conversa vem, e acaba rolando alguma coisa. Depois de novo, e de novo. Até que a coisa se encaminha pra um relacionamento.

Entretanto -- e tudo na vida tem que ter uma conjunção adversativa -- apesar de se darem muito bem, ter química, entre outras coisas, você não tem uma única coisa em comum com ela. Digamos que ela seja uma otaku, super nerd, fã de Star Wars, que joga RPG e videogame e já leu todos os Game of Thrones (opa, acho que acabei de descrever meus sonhos aqui) e o cara seja um boyzinho, que gosta de sertanejo e funk, sabe tudo sobre carros, embora dirija um 1.0 pertencente a sua mãe e tem preguiça de ler até placa de trânsito. Não se enganem, esse tipo de relacionamento não só acontece como é revoltantemente comum (why do you like THAT guy????)

Vão os dois marcar pra sair. Pra onde vão? Por um lado, o camarada quer ir ver o Tchu e o Tcha no estádio da cidade. Já ela quer ir pro cinema ver Prometheus. Em começo de namoro isso jamais seria motivo de briga, já que um ia querer fazer a vontade do outro. E assim será por algum tempo. Mas o que acontece é aquele que cedeu provavelmente odiará completamente o programa escolhido. Obviamente depois ele não irá comentar nada disso: "Ah amor, que filme ótimo! A parte que eu mais gostei foi a que o Alien sai da barriga da mulher!". Quando na verdade o que ele mais gostou foi quando desceram os créditos finais.

Pelo menos filme é algo que dá pra se divertir mesmo quando não é um gênero do seu agrado. Mas suponhamos que a escolha tenha sido o show? Escutar o Tchu Tcha Tcha durante duas horas é uma tortura pra quem não é chegado. Fora que o tempo parece que demora mais a passar quando nos sujeitamos a tais coisas. A cada meia hora se passam cinco minutos. Mas e daí, eles passaram o show todo se pegando então não foi tão ruim assim.

Só que um casal não vive só de pegação. Tem uma hora que eles terão que conversar. No início, cada minuto do dia parece render uma hora de conversa. "Conta mais como foi comer macarrão com colher! É muito interessante!" Tá, o amor nos deixa bobos. Mas convenhamos que uma das maiores graças de se conhecer uma pessoa é exatamente isso: conhecer. Claro que ao falar de algo que você gosta é super divertido. Já escutar sobre algo que você não gosta é triste. Eu lembro das minhas conversas com uma amiga, quando eu passava horas e mais horas discorrendo sobre quem era o Snake mais pal (sim, com L mesmo): Solid Snake ou Big Boss (pra quem leu grego, são personagens da série de videogames Metal Gear Solid).

Mas eu acabei fugindo do ponto principal: o que complica é quando você tenta mudar pra agradar a outra pessoa. Você não sabe nem o que é um sabre de luz, mas é convencido a ir de cosplay do Anakin pro evento que sua namorada chamou você. Ou, opostamente, vai prum racha de carros tunados sem nem saber o que é NOS. Daí a pessoa começa a fingir que gosta daquilo e até tenta gostar, mas é muito contra sua natureza. Isso numa pessoa que tem sua individualidade bem resolvida. Porque tem aqueles que são tudo o que o parceiro quer que eles sejam. Só que uma pessoa sem personalidade não é interessante durante muito tempo.

Existem relacionamentos em que os envolvidos são muito diferentes e dá certo. Mas eu acho que esses são exceções. Eu acredito que um relacionamento legal é quando os dois tem algo em comum, seja gostos, sonhos, objetivos de vida... e isso serve até pra unir mais os dois. Assistir séries, jogar videogames, comentar livros, ir a shows... tudo quando é compartilhado se torna melhor. E tendo os dois gostos parecidos, a coisa tende a dar muito mais certo. É o que eu acho...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Almas gêmeas

Não vou mentir, eu ainda acredito nessa história. Por mais que tenha levado tapas na cara da vida. Por mais que tenha me decepcionado em relacionamentos passados. Ainda continuo acreditando nessa coisa bobinha de que um dia vou encontrar a pessoa perfeita e serei muito feliz. O que será que raios há comigo? Cada dia que passa os fatos mostram que esse tipo de coisa não existe, mas eu não consigo matar aquela esperança que vive lá no fundo de que esse dia chegará.

Eu não sei se isso foram os anos e mais anos vendo filmes, lendo livros, escutando histórias que sempre iam por esse caminho: o mocinho no final sempre será feliz com a mocinha para todo o sempre. Verdade seja dita: é quase uma lavagem cerebral o que fazem conosco. E sempre que eu me aventuro num relacionamento, sempre vem a pergunta: será que dessa vez vai? E a resposta sempre é negativa.

Vamos ser justos, eu já vi muitas histórias felizes, amigos que casaram, pais de amigos, minha própria mãe e meu padastro. Mas a questão que fica é: será que eu vou ter a minha vez? Nem todo mundo acha alguém. Tem até pessoas  que nunca procuram. Existem aqueles que se dedicam tanto ao seu trabalho que jamais estabelecem relações duradouras com outras pessoas. Mas fazer o que, eu não sou assim. Tenho vontade de casar, de ter filhos, de envelhecer junto...

A proposito, esse livros espíritas romanceados não ajudam em nada. É impressionante como todo mundo tem um grande amor do passado que leva pra eternidade, passando por muitas encarnações, que sempre se reencontram quando em vida, e que já está tudo programado desde o nascimento. Como não acreditar nisso vendo coisas assim? A pessoa fica até mais empolgada pra saber quando é que se vai encontrar o alguém certo.

O jeito é esperar pelo tempo. Quem sabe um dia eu terei direito ao meu final feliz.

Segue-me

Se você se encontra triste
Se nada mais te anima
Se o desejo do fim é maior que a vontade esperá-lo
Se as tristezas são mais constantes que as alegrias
Enxuga essa lágrima e segue-me

Se nada é como você gostaria que fosse
Se as pessoas sempre te decepcionam
Se nada do que você faz dá certo
Se as dificuldades são maiores que as forças
Enxuga essa lágrima e segue-me

Se o sol não é mais calor
Se a chuva não é mais frescor
Se o vento não sopra mais
Se a visão do que é belo já não o é mais
Enxuga essa lágrima e segue-me

Se a solidão te consome
Se não tens um ombro amigo
Se te falta o amor
Se só conheces a dor
Enxuga essa lágrima e segue-me

Eu te carregarei quando não puderes mais andar
Te farei andar sobre as águas quando não puderes mais nadar
Se caires do precipício, eu te farei voar
Enxuga essa lágrima e segue-me

Se não me conheces
Saiba que meu nome é Jesus
E se o que tu buscas é a luz
Através de mim irás então encontrá-la
Enxuga essa lágrima e segue-me

Tenha fé e acredite
Me deixe entrar na tua vida
Alegrar teu coração
E te prometo que nem mais um dia será em vão
Enxuga essa lágrima e segue-me

Como se diz eu te amo

Alguns acham muito difícil dizer essa frase. Outros acham tão fácil que ela parece estar sempre na ponta da língua. Eu já fui do segundo tipo. Hoje estou mais no primeiro. Não sei se essa mudança foi boa, se denota alguma maturidade, mas acho que o ideal é estar entre os dois e não nos extremos (como quase tudo nessa vida).

Os que não conseguem dizê-la, perdem chances muito boas de solidificar algo que de fato existe. Um sentimento forte como esse não precisa de palavras, eu sei, mas ao dizê-las, tudo se torna mais real. Por que ter vergonha de admitir algo tão bonito? Será orgulho? Será que dizer tal coisa seria um sinal de fraqueza? Eu penso que é exatamente o contrário.

Já os que falam isso pra todo mundo estão do outro lado da balança. Pais, namorados, amigos, o vendedor de pipoca da esquina, todo mundo é digno de receber um eu te amo. Uau, que coração grande, hein? Isso teoricamente pode ser visto como algo legal. As pessoas se sentem mais queridas, mais valorizadas. Só tem um porém. Se você diz isso pra todo mundo, o que você vai dizer quando tiver algo maior a demonstrar? Não tenho conhecimento de demonstração verbal mais forte que um eu te amo. Mas se vira chiclete na sua boca, então ele acaba não valendo de nada.

Seja criativo. Se quer dizer que gosta muito mesmo de alguém, sempre existem formas de se atingir o objetivo sem gastar um eu te amo. Uma das coisas que já ouvi e que, apesar de simples, demonstram perfeitamente o nível de gostar da outra pessoa foi alguém dizer pro outro que queria que ele fosse o pai das filhas dela. Acho que isso diz muito, já que filhos é um assunto muito sério pra quase todo mundo.

Mas se o momento pedir, se for algo singelo, algo único e você ver que aquilo pede por uma declaração maior, encha seu coração e diga que ama mesmo. Tenho certeza que a outra pessoa ficará feliz com aquilo e corresponderá a contento. Nem que seja um eu te amo de volta, mas um beijo, um abraço apertado... O que importa mesmo, entretanto, é a pureza do sentimento que originou a frase. Mesmo que não seja bem recebido, se você quis mesmo dizer aquilo que diga. Pelo menos estará sendo sincero consigo mesmo.

Depois do fim

O que fazer com o sentimento quando o relacionamento acaba? Vai depender dos termos em que acabou. Se a coisa toda teve um fim devido a brigas e mais brigas, talvez esse sentimento já nem exista mais. Mas se o que houve foi alguma coisa externa ao relacionamento em si, talvez ele tenha acabado com as duas pessoas ainda se gostando muito.

Uma das coisas que poderia terminar um relacionamento nesses termos seria a distância. Manter algo sério a distância é algo complicado, então os dois podem achar por melhor terminar. Suponhamos então que um dos dois tenha que mudar de cidade, devido a estudos, ou trabalho... Vai que ele decide com sua namorada que não vai dar pra continuar. Então eles decidem serem amigos. E é aí que a coisa complica.

As conversas no telefone continuam. As confidências continuam. E de certa forma acaba que pouca coisa muda. Não existe mais a proximidade física, mas ainda existe aquela conexão que havia antes. E talvez até o sentimento persevere. O que fazer? Talvez o que foi embora possa voltar pra passar feriados ou férias. Os dois então iriam se rever. Pode ser que acabem ficando, teoricamente sem compromisso, mas que na verdade não é bem assim. No fim das contas, aquilo que não deveria ser um relacionamento a distância acaba se tornando um.

Mas eventualmente algo vai mudar nas suas vidas pessoais. Talvez um dos dois encontre uma nova pessoa. Ou talvez apenas se decida que se quer encontrar uma nova pessoa. Quem sabe o outro, ao mesmo tempo, não queira outra pessoa, porque ainda se está apegado ao que existia. E se este que ainda esta apegado tenha alguém novo na sua vida, já tenha até ficado com essa nova pessoa. Mas algo a faz não querer que o lance com essa pessoa evolua. Tudo por causa daquele que foi embora.

Por outro lado, o que fazer ao saber que aquela pessoa que você gostava tanto ficou com outra pessoa? Talvez venha aquele irracional ciume. Ciume o qual você não tem direito a ter, afinal aquela outra pessoa só é sua amiga. E amigos devem torcer pela felicidade do outro. Certo? Pode ser, entretanto, que você se sinta feliz ao ver que a outra pessoa está seguindo adiante. E esse é o sentimento a se buscar, na minha opinião. Se você sabe que o relacionamento a distância nunca iria dar certo, por que se apegar a ele? Porque não tentar ir em frente, tentar coisas novas? O que houve pode ter sido ótimo, mas se não tem como dar certo, então não seria melhor deixar o que passou pra trás?

E é nisso que pode haver um descompasso. Enquanto um ainda se apega, o outro tá tentando seguir em frente. E isso envolve decisões que eventualmente podem até machucar o outro. Seja uma foto dos dois que é excluida, seja um depoimento que ficou oculto. As demonstrações públicas de carinho talvez não sejam mais frequentes... É sabido que amigos podem ter essas coisas. Mas também é sabido que aquelas coisas, à época que foram feitas, não eram de amizade.

A transição de um relacionamento pra uma amizade nunca é feita sem decepções, mágoas ou obstáculos. Mas se a vontade de ter essa amizade for real, então se terá a paciência e a resignação pra superar essas coisas que venham a acontecer. Se você realmente gostou daquela pessoa, então tenho certeza que você vai querer continuar a tê-la na sua vida, só que agora ocupando uma posição diferente. E talvez aí nasça algo que vá durar pelo resto da vida. Um amigo de verdade.

domingo, 23 de setembro de 2012

O que ficou pra trás (Música por João Lira)

Verso 1:
Quando um amor se vive
Sempre é especial
Que nunca vai dar errado
Que jamais terá final

Cada momento é único
Cada instante singular
Até que o mundo então
Começa a desmoronar

O sentimento que existia
Simplesmente não resistiu
Virou poeira no tempo
Ficou pra trás o que nos uniu

Refrão:
Talvez foi melhor assim
Cada um no seu caminho
Sei que agora eu terei
Que recomeçar sozinho

Na mente ainda vem
Lembranças que não são mais
Agora é esquecer
O que ficou pra trás

Verso 2: 
No princípio é um briga
Uma pequena discussão
Que não levava a nada
Só semeava desunião

E então o tempo passa
E o que era exceção
Se torna agora a regra
Vira incompreensão

O que será que eu fiz errado?
Poderia ser diferente?
O que se foi é passado
Assim como o amor da gente

Refrão:
Talvez foi melhor assim
Cada um no seu caminho
Sei que agora eu terei
Que recomeçar sozinho

Na mente ainda vem
Lembranças que não são mais
Agora é esquecer
O que ficou pra trás

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Deus e o livre arbítrio

Vou compartilhar com vocês uma questão que eu sempre me perguntei e até hoje não obtive uma resposta satisfatória: será que o livre arbítirio realmente existe? Vou tentar argumentar sobre essa questão me baseando no que já estudei do espiritismo.

Primeiro, vamos tomar como premissa as características atribuídas a Deus no livro dos espíritos (LE), ou seja, que ele é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Sabemos que esses atributos não definem Deus, mas tomemos eles apenas como base para argumentação.

Assim, vou argumentar sobre algumas das questões que giram em torno do questionamento central:

1) Se Deus é todo bondade, por que ele permite que as pessoas sigam o caminho do mal?

- Essa é uma dúvida clássica. Existem os que usam essa questão para afirmar que Deus não existe, mas, supondo que ele exista, este seria um argumento a favor dos que acreditam no livre arbítrio, afinal, Deus daria tanta liberdade ao homem que ele poderia até ir contra a criação se assim o desejasse. Adicionalmente, o mal não seria uma criação divina, sendo apenas a ausência do bem. Acredito que esse ponto não traz grandes dúvidas. Vamos ao próximo.

2) Os espíritos são mesmo criados iguais?

- Essa é mais difícil de responder, uma vez que o processo de criação de um novo espírito é um mistério. No LE, consta que todos são criados simples e ignorantes. A dúvida é: existe realmente uma total igualdade à época da criação?

Porque se não são iguais, abre brecha pra que um seja mais privilegiado do que outro. E, mesmo que fossem criados iguais, será que teria como ser dado a todos oportunidades iguais? Porque a explicação que se dá no LE para as diferenças entre os diversos espíritos está nas experiências individuais de cada reencarnação e nas escolhas que são feitas nelas por eles.

Só que, se cada reencarnação é única, então não teria como dar provas iguais para todo mundo, o que levaria a questão de se há a chance de alguns espíritos terem tido cargas mais leves do que outros, ou escolhas mais fáceis.

Num pensamento inverso, se por acaso eles fossem mesmo criados iguais, então, diante de uma mesma questão, teoricamente todos fariam a mesma escolha, e assim eles evoluiriam igual. Só que esse com certeza esse não é o caso, afinal, os humanos podem ser qualquer coisa, menos iguais. Cada um é um mundo único, cheio de particularidades. Assim, qual seria a explicação para os espíritos serem criados iguais, mas tornarem-se tão diferentes?

3) O que seria um espírito puro?

- Após atingir o grau máximo de evolução, os espíritos se tornam puros. Mas o que seria esse estado? Porque se o espírito passa uma eternidade inteira aprendendo coisas novas até atingir a perfeição, porque ele haveria de parar de aprender? Será que ele só atinge esse estado quando tiver todo conhecimento do universo? Mas o universo está eternamente em expansão, então sempre haveria mais alguma coisa a aprender, correto?
 
Mas ainda existe outra questão: se os espíritos são tão diferentes, na perfeição eles se tornariam iguais? Teoricamente, a perfeição é um conjunto de ideias únicos, então ser perfeito seria se adequar a essa unidade e abandonar as diferenças? Se for assim, os espíritos puros perderiam a personalidade que os caracteriza.

A explicação mais lógica seria que na verdade a pureza absoluta não seria o fim, e sim apenas um marco, para denotar espíritos de grandes conhecimentos, sabedoria e moral, mas que ainda sim continuariam a evoluir, como todos os outros, só que numa escala mais avançada.

4) Se Deus é onisciente, então não há como existir livre arbítrio.

- Deixei a mais polêmica pro final. Talvez alguém esteja se perguntando qual a ligação entre as duas coisas. Explico: se o conhecimento de Deus é total, podendo Ele até mesmo prever o que a gente vai fazer e conhecendo tudo que foi, é e há de existir, então, no momento da criação de cada um, Ele teria como ver exatamente tudo que fariamos, cada decisão, cada passo, cada escolha. Ou seja, a partir da criação estariamos programados a fazer exatamente o que fomos programados pra fazer. Não existiria escolha, a nossa criação que determinaria tudo que fariamos por toda eternidade.

O livre arbitrio não existiria, seria como, fazendo um paralelo, a genética. Ou seja, a maneira como você nasceu determinaria tudo que viria depois. Mas mesmo a genética é alterada pelo meio ambiente, mas Deus, conhecendo tudo, também preveria o ambiente, voltamos então ao ponto inicial.

Outra questão é que, sendo Deus imutável, será que por tabela isso também não nos faria imutáveis, de certa forma? Ou seja, podemos acumular conhecimentos, aprendizados, mas no fundo, no fundo, seriamos os mesmos, em essência? Teoricamente essa hipotese corroboraria então a tese acima.

Só que existe uma outra possibilidade. E se ela fosse verdade, eu admiraria muito mais a entidade que chamamos de Deus. Talvez Deus seja tão poderoso, mas tão poderoso, que poderia criar algo que está além dos seus próprios poderes. Ou seja, ao criar o espírito Deus nos daria total liberdade de fazermos o que quisermos sem ele poder prever nosso futuro. Assim, cada escolha seria de fato uma escolha e não algo que Deus já sabia que fariamos. Acho que o universo seria mais interessante se esta hipótese fosse verdadeira.

Mas a verdade é que criar hipoteses sobre Deus é complicado, dado que sua natureza nos é completamente desconhecida. Mas eu me divirto muito só em pensar nessas coisas. :)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Filhos

Sempre quis ter filhos. Desde novo eu sempre tive a certeza que queria ser pai. Mas a medida que você vai envelhecendo as coisas vão se tornando mais complicadas. E o tempo jamais para pra esperar por você.

Li uma reportagem que me deixou preocupado. Estudos mostram que quanto mais o homem demora a ter filhos, mais existe a chance dele passar mutações genéticas para eles. O ideal é ter filhos entre os 20 e os 30 anos de idade. Quanto mais passa disso, maior a chance de algo ocorrer. Eu tenho 26 anos. Minha janela ideal estaria se fechando daqui a 4 anos. Até que é um tempo razoável. Exceto pelos poréns.

Não se tem um filho da noite pro dia. Essa uma decisão a ser pensada, raciocinada, tem que estar tudo planejado, tudo pronto. Então... Atualmente eu estou solteiro, sem namorada, inclusive. Suponhamos que eu tire a sorte grande e ache o amor da minha vida daqui pra 2014. Já estaria com 28 anos. Então continuemos supondo: resolvo casar. Outra decisão que leva tempo. Né possível que eu vá fazer isso sem pelo menos ficar entre 3 e 5 anos conhecendo essa suposta pessoa, tendo certeza da decisão, etc, etc. Então já estaria com pelo menos 31 anos. Só que depois do casamento eu iria querer curtir um pouco, viajar, aproveitar a vida junto da minha esposa. Digamos que eu tome então mais dois anos. Existe ainda outro porém. Eu jamais teria um filho se não pudesse sustentá-lo. Atualmente estou na talvez mais cara cidade do país. Pra ter um filho eu teria que já ter algo construído. Apartamento próprio, carro, etc, etc. Analisemos o aspecto financeiro.

Se tudo der certo com o estágio, viro Jr. em Agosto de 2013. Daí tenho que esperar mais dois anos -- pelo menos -- pra tentar virar Pleno (2015) e, caso tenha sucesso, mais dois pra Senior (2017). Fez as contas? Estou com 31 anos. Isso se tudo der certo, o que eu acho improvável. Com certeza eu posso adicionar mais uns 2 ou 3 anos a mais, afinal concorrência para ascensão não é fácil. 33 anos pelo menos. Se corelacionarmos os dois aspectos, amoroso e financeiro e tudo der certo, então estaria tendo meu primeiro filho com 33 anos.

O problema é que na vida as coisas não funcionam facilmente. Então se colocarmos uns 3 a 5 anos de incerteza nessa matemática, e acho que ainda estou sendo otimista, teria entre 36 e 38 anos, quase 40. Daí entra uma conversa que tive com uma colega lá em Araçagi: será que eu viveria tempo suficiente pra ver meu filho crescer, pra ver meus netos? Porque ter filho com quase 40 anos, possuindo um historico fortíssimo de doenças cardíacas na família? Eu gostaria de viver muito, mas não sei se vai ser assim, porém rezo pra ter muitos anos neste planeta querido. Eu não gostaria de morrer sem ver meu filho crescer, entrar na faculdade, casar, ter os seus filhos...

Fora que eu não queria ter só um filho. Queria ter pelo menos dois. Daí eu já estaria mais velho ainda. Enfim... Infelizmente, meu pai faleceu quando eu tinha só 8 anos. Eu imagino como minha vida não poderia ter sido diferente se eu tivesse convivido com ele mais tempo, principalmente na adolescência, quando se tem tantas dúvidas, tantos questionamentos. Crescer sem pai é algo muito ruim.

A vida não tem questões simples. Ela sempre é imprevisível. Essa é apenas uma das várias questões que ficam sobrevoando a minha cabeça. Já me disseram que eu me preocupo demais, penso demais. Mas fazer o que se eu sou assim. E no fim das contas, pensar também é uma forma de entretenimento.

Uma das coisas que mais me deu paz nos últimos tempos foi ter abraçado a doutrina espírita. Explico onde ela se encaixa nessa questão dos filhos: a vida é parcialmente destino e parcialmente escolhas. Assim, se por um acaso eu viesse a ter um filho numa idade mais avançada, se ele viesse a ter algum problema de saúde, pode ter certeza, fui eu quem aceitou a missão de ajudá-lo nessa prova. Na verdade, se houver 99% de chance de ele nascer sadio, mas eu quiser aceitar a missão de receber um espírito que precisa nascer com alguma enfermidade, então não fará diferença as chances e porcentagens, assim será feito. Acreditar nisso me consola. (Outro dia vou escrever sobre minhas dúvidas sobre essa grande questão filosófica: destino x livre arbítrio)

Só me resta ter fé no futuro e ir dando um passo de cada vez. Quando for a hora certa, espero ter a sabedoria de tomar as melhores decisões. E espero tomar as melhores decisões possíveis, porque o futuro espírito que está destinado a um dia ser meu filho merece.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Doce beijo (Música por João Lira)

"Doce beijo" (João Lira)

Verso 1:
Se sempre quando eu te vejo
Não me diz o que sentes
Um coração que se fecha
Não se sabe se mente

Um beijo assim tão doce
Que nunca senti igual
Quisera não fosse
Este o nosso final

Ponte:
Me abrace só mais uma vez
E por um instante não pense em nada

Refrão:
Será que você está errada
Em me entregar seu coração
Mas eu levarei nessa estrada
A lembrança da doce paixão

Eu não vou embora assim
Sem olhar nos olhos teus
Talvez este não seja o fim
Eu não vou dizer adeus

Verso 2:
É grande a distância que nos separará
Mas se pensarmos por um momento
Que esse sentimento não se desfará
Estaremos juntos no pensamento

Se eu te disser o que queres ouvir
Te farei se sentir diferente
Só o que não quero é te ferir
Mas que tu lembres sempre da gente

Ponte:
Me beije só mais uma vez
E por um instante não pense em nada

Refrão:
Será que você está errada
Em me entregar seu coração
Mas eu levarei nessa estrada
A lembrança da doce paixão

Eu não vou embora assim
Sem olhar nos olhos teus
Talvez este não seja o fim
Eu não vou dizer adeus

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Miss K. (Música por João Lira)

Resolvi que vou escrever uma música. Seu nome?

***
"Miss K." (João Lira)

Verso 1:
Nunca achei que a vida fosse
Me levar por tais caminhos
Não pensei que o tempo e hoje
Fossem assim, se entrelaçar

A verdade é que você
É tudo que não pedi
Mas que dentro do meu ser
Era o que eu desejava

Ponte:
Não, não, não, não quero
Que isso acabe assim
Não, não, não espero
Que isso tenha um fim...

Refrão:
Por que não posso mais
Te ter perto de mim
Se pra você não faz
Tanta diferença assim

Porque te amar jamais
Foi algo que eu quis
Não quero olhar pra trás
E ver que eu nada fiz

Verso 2:
Distante demais eu estarei
Mas isso não quer dizer
Que eu um dia te esquecerei
Ou fingirei não saber

A verdade é que você
Já não pensa mais em mim
O que é que eu posso fazer
Não pensar então, enfim

Ponte:
Mas não há saída
O destino quis
Não pensar que a vida
Foi com ti feliz

Refrão:
Por que não posso mais
Te ter perto de mim
Se pra você não faz
Tanta diferença assim

Porque te amar jamais
Foi algo que eu quis
Não quero olhar pra trás
E ver que eu nada fiz

quarta-feira, 28 de março de 2012

Aura Indigo: O enviado do amanhã

Li este texto há algum tempo. Não sei o autor.

***

A realidade de nosso mundo é um campo energético dinâmico, em transformação e desenvolvimento contínuos. Como parte desse ecossistema, a humanidade está crescendo e se desenvolvendo. Quando as necessidades do todo se modificam, é necessário que hajam mudanças nas partes que constituem o todo. Com a aura também é assim.

Uma nova cor - o índigo - surgiu, conferindo aos indivíduos capacidades, talentos e características físicas bem diferentes das outras cores. Nesse momento (1989), a maioria das pessoas de aura índigo são crianças ou jovens.
Vejo as crianças de aura índigo como sendo investidas de talentos e novas faculdades que serão necessários à nossa evolução. Essas crianças têm características singulares, cujo propósito só podemos presumir.

O importante sobre o indivíduo de aura índigo é que ele tem uma capacidade de liderança diferente daquela que conhecemos até agora. Ele entende o que significa um ser humano plenamente realizado sem ter aprendido esse conceito de ninguém.

O mais difícil para ele é desenvolver a paciência e a tolerância. Como parece já ter conhecimento do verdadeiro significado da autenticidade, tem pouca paciência com os outros, que ainda lutam para compreendê-lo.

Não que lhe falte compaixão. Porém, sua forma de compaixão consiste em dar aos outros seres humanos tempo e espaço bastante para encontrarem suas próprias respostas, para chegarem a suas próprias conclusões.

ABORDAGEM DA REALIDADE FÍSICA: SENSIBILIDADE SUPRANORMAL.

O indivíduo de aura índigo tem um sistema bioquímico com necessidades e considerações diferentes daquele de outras cores da aura. A aceitação da parte dos pais desse sistema mais sensível é compensada regiamente.

O indivíduo índigo parece registrar os dados físicos, emocionais e psicológicos numa frequência inusitadamente alta, da mesma forma que alguns aparelhos de som são concebidos para captar ondas sonoras de ordem superior. Por causa disso, o sistema do indivíduo índigo se sobrecarrega com facilidade, e pode ficar confuso com muita estática mental, barulho e agitação. Do mesmo jeito do indivíduo de aura cristal, ele tem um sistema nervoso muito sensível. Excitação em demasia ou estimulação prolongada fazem com que ele se retraia. Os adultos compreendem mal esse comportamento, considerando a criança difícil ou voluntariosa, quando ela está apenas tentando conseguir uma pausa emocional.

O indivíduo índigo é alerta desde o começo. A criança não costuma ter o mesmo ar difuso dos outros recém-nascidos. Mesmo adorando laticínios como queijos, iogurte ou sorvetes, o índigo tem intolerância física ao leite de vaca, que provoca congestões das vias respiratórias superiores, tosses, coriza, infecções de ouvido. A substituição por produtos com leite de cabra ajuda-a a se sentir melhor.

Por causa de seu sistema nervoso inusitadamente sensível, ela precisa de um ambiente mais plácido e tranquilo que outras crianças. Quando submetida a longos períodos de estimulação, seu sistema nervoso se sobrecarrega, tornando-a irritável ou indisposta. Parecem seres mimados demais, mas na verdade têm necessidades diferentes. Precisam de estímulo ao lado lógico do cérebro, de modo que o lado intuitivo (o cérebro direito), muito ativado, fique livre para vagar. Música para meditação é interessante, uma vez que a relação do aura índigo com a musicalidade é muito poderosa.

Tais criaturas são realmente muito bem dotadas mentalmente, em todos os níveis do mental (do lógico ao abstrato), porém de uma forma nova e diferente. Realmente querem entender, não para aumentar sua auto-estima, ou pelos privilégios que desfruta uma criança bem dotada, mas por causa de sua curiosidade natural.

Quanto ao temperamento, o indivíduo índigo costuma incorporar características masculinas e femininas ao mesmo tempo. Por isso, na vida adulta, não costuma ter preconceitos em relação à sexualidade - heterossexualidade, homossexualidade ou bissexualidade. Tudo costuma ser a mesma coisa para ele. Aproxima-se e afasta-se dessas várias formas de expressão sexual com muita facilidade. Sua união é mais de alma com alma do que de corpo com corpo. A expressão sexual é um meio de comunicação tão profundo que o sexo realizado com o propósito de liberação física é simplesmente incompreensível para ele. Como ele se renova tanto física quanto espiritualmente em cada uma dessas experiências, parece ter um impulso sexual menor; é na verdade uma pessoa muito individualizada para interagir sexualmente e sair ileso.

ATITUDES MENTAIS: SUPERDOTAÇÃO CONSCIENTE

A aguda perspicácia intelectual é um dos aspectos mais gratificantes e mais exasperantes do indivíduo índigo. É brilhante e inquiridor, com uma inteligência que vai muito além dos conceitos mais tradicionais. Como as crianças de aura índigo parecem nascer sabendo tudo, não costumam pedir informações, mas procuram verificar os conhecimentos que já têm. Elas nada aprendem, apenas se recordam de tudo. Costumam testar os outros para saber se merecem confiança. Fazem perguntas difíceis que exigem respostas ponderadas e inteligentes. Uma resposta como "porque eu mandei", ou "as coisas sempre foram assim", ou mesmo "porque é assim, e pronto", só faz brotar outra pergunta sagaz por parte do indivíduo índigo. Bem cedo, em geral antes dos dois anos de idade, ela já tem uma notável compreensão de conceitos abstratos. Não está sendo precoce. Em verdade, a aura índigo representa o indivíduo do amanhã.

Como costuma ir diretamente à essência das coisas, não se engana com as aparências. Quando chega a hora de saber, nada a faz desistir.

Costumam ser criaturas bem dotadas que não se impressionam um milímetro com os próprios dotes, e qualquer sistema que não atenda às suas necessidades irá gerar problemas. Independentes sem serem arrogantes, sabem exatamente do que são e do que não são capazes. Não são arrogantes, simplesmente rejeitam a falsa modéstia. O sistema escolar tradicional, com sua forma encadeada de aprendizado, não funciona para esse ser.

Para o ser índigo, a aprendizagem não é errática ou fortuita. Temas, tópicos e idéias não podem existir isoladamente para o índigo. Ele vê o mundo e as idéias como fragmentos interligados de uma estrutura organizacional maior, a qual estão diretamente conectados, como micros numa grande central cósmica de informações. Aprender um tópico sem considerar suas implicações em outras áreas de conhecimento é algo incompreensível para elas. Precisam entender como as peças se encaixam. Mergulha em tudo muito profundamente. Ressente-se quando um modelo de aprendizado lhe é imposto, ou quando tem de se limitar seguindo à risca um padrão pré-fabricado.

Precisa de espaço próprio: sua própria mesa, seu próprio quarto, etc. Seu campo magnético altamente individual precisa da solidão como forma de recarrego.

Como se entusiasmam facilmente em suas jornadas mentais, são indivíduos que reagem bem a lembretes gentis de "o jantar sai em meia hora".
Marcadores de página mentais são importantes para essa criatura que tão facilmente se conecta a fontes de informação que para outras pessoas são coisas muito distantes.

Às vezes tem dificuldade de explicar suas idéias e imagens aos outros, mas fica martelando seu ouvinte com dados e exemplos até passar sua idéia e o ouvinte o compreender.

Suas necessidades intelectuais são ecléticas, com muitas formas variadas de aprender. Muda de interesse também com extrema facilidade, um dos maiores problemas do indivíduo índigo reside em sua tendência para se entediar. Alguns desses indivíduos chegam mesmo a abandonar a escola ou faculdade por puro tédio. Não que seja arrogante ou se considere mais brilhante que os outros, mas quer simplesmente a liberdade, com uma certa orientação, para dedicar-se a seus interesses e saciar sua imensa sede de saber.

As pessoas que exercem autoridade devem respeitar e argumentar com esse tipo de indivíduo. É impossível que ele seja coagido a fazer algo que não queira. Mas coopera brilhantemente quando não é tratado com superioridade. Pode se tornar gélido e obstinado quando é subestimado, ou fazer uma sala inteira explodir de alegria com sua capacidade de manipular as correntes emocionais.

CONSTITUIÇÃO EMOCIONAL: AUTENTICIDADE E AUTOCONSCIÊNCIA

Em muitos níveis, o aura índigo nunca é criança, mesmo que seja absolutamente infantil nos primeiros anos de idade. Parece mais maduro que outros da mesma faixa etária, reagindo com empatia e compreensão aos pequenos dramas da vida. As crianças de aura índigo parecem bem mais auto-suficientes que as outras, precisando de menos interação com a família e outras crianças. Ficam bem quando dispõem de muito tempo sozinhas para se dedicar aos seus próprios interesses e atividades. Têm a imaginação activa e muitas vezes falam consigo mesmas, perdidas em outra realidade. São criaturas que se dão bem em ambientes que colocam alguns limites claros e seguros em seu comportamento, ser cercear suas necessidades de explorar e descobrir. Quando tratada com respeito, a pessoa de aura índigo é extremamente cooperativa.

Pouquíssimos passos do processo normal de aprendizagem e desenvolvimento aplicam-se ao indivíduo índigo, e por isso muitas pessoas se sentem perdidas ao tentar compreender o que realmente motiva os indivíduos com esta cor de aura. O mais curioso é que a pessoa índigo não é, de forma alguma, passível de corrupção emocional, absolutamente invulnerável ao sentimento de vergonha, culpa ou rejeição. Ela prefere aceitar as consequências de seus atos a ir contra aquilo que acredita.

Não adianta querer manipulá-la com a noção de culpa. É uma emoção que simplesmente parece não compreender. Punições pouco significam para ela. Têm menos significado ainda quando alguém procura justificar algo dizendo "essa é a forma como as coisas funcionam", ou "faça porque estou mandando".

O indivíduo índigo sabe exatamente o que deseja, sempre. Se alguém lhe apresentar opções, tem de estar preparado para ir até o fim. As opções oferecidas e não cumpridas afetam a credibilidade das pessoas que participam de sua vida. Da mesma forma, o índigo tem um verdadeiro e intenso desprezo pela falta de autocontrole das outras pessoas. De uma forma interessante, contudo, o índigo não guarda rancor nem recorre a comportamentos emocionais de vitimização. Apenas se lembra, com sua mente de computador, quem merece ou não merece confiança.

O indivíduo índigo dificilmente é efusivo ou abertamente afetuoso. Parece auto-suficiente. É prudente ao dar seu afeto. Quando relativamente contente, ou quando vence algo, não explode numa felicidade estonteante. É como se ele já tivesse visto tudo isso antes.

Em geral, só consegue se comunicar de forma absolutamente fluida com algumas poucas pessoas. Aprende bem cedo a ser cauteloso e selectivo na hora de compartilhar seus pensamentos, idéias, sensações, pois sabe que é pura perda de tempo tentar se comunicar com mentes inferiores. E não tem a menor vocação para convencer alguém de algo. Até poderia, com a pressão mental quase telepática que exerce sobre os outros. Só que não tem a mínima paciência pra isso.

O indivíduo índigo sente-se muitas vezes isolado e fora de sintonia com as outras pessoas. A sensação de isolamento é semelhante àquela sentida por uma minoria dentro de um grupo, ao menos por enquanto, nesse tempo que vivemos, onde a aura índigo ainda é uma nova mutação energética, psicológica e até mesmo bioquímica.

A sensação de solidão vivenciada pelo índigo o conduz para o uso de drogas, muito mais como uma alternativa de expansão da consciência (conexão com O Todo) do que como uma forma de afirmar um padrão de vida rebelde. É um tipo que não se encaixa em padrões, e se sente como a ovelha negra da família, da escola, da sociedade. O indivíduo índigo, e níveis profundos, sabe que estamos todos interligados como uma família, sem linhas divisórias nem áreas de separação ou propriedade. Vê isso de forma tão intensamente clara, que muitas vezes se sente isolado em sua compreensão. É uma alma extremamente gentil, por trás de um semblante de indiferença gelada, ao qual as pessoas geralmente se prendem, por terem perspectiva superficial.

ESTILO SOCIAL: RECUSA AOS PADRÕES

O indivíduo de aura índigo sempre diz a verdade, por mais brutal que possa parecer aos outros. Não é regido pelas normas sociais de nosso tempo. Não se comporta de uma determinada maneira só porque os outros o amarão mais como recompensa. Para ele, culpa é algo que simplesmente não existe. Não tem como entendê-la, pois seu propósito de vida, em momento algum, envolve "ser bom"; é descobrir novas formas que permitam a todos nós nos expressarmos de modo a continuarmos funcionando como um mundo cheio de fantásticas diferenças singulares, que o tornam rico. "Bondade, delicadeza e aceitação" são valores absolutamente sem sentido para ele. Esses conceitos não o motivam uma polegada. Obedece a uma regra se, e apenas se concorda com a premissa moral que a sustenta, e se comporta de uma determinada maneira porque deseja um relacionamento onde seja possível compartilhar e negociar. Porém jamais obedece pelas vias da coerção, mesmo que haja tortura. É inclusive resistente à dor, moral, física ou psicológica, ao ponto de enlouquecer quem queira manipulá-lo. Sabe dizer não, e sabe mantê-lo; nenhuma ameaça, nenhuma promessa, rogo ou castigo pode fazê-lo mudar de idéia. É motivado por outras coisas. Quando criança, o indivíduo índigo tem uma inteligência social bem acima da média. Quando adulto, torna-se muito seletivo em seus relacionamentos. À medida em que vai ficando mais velho, vai ficando cada vez mais difícil explicar sua singularidade, e escolhe amigos e companheiros que o aceitam como ele é. Muitas vezes escolhe parcerias amorosas que são antes de tudo grandes amigos e companheiros, e, só depois, amantes. Prefere ainda pessoas de personalidade forte, firmemente enraizadas no mundo contemporâneo, e tem verdadeiro e real desprezo por pessoas frágeis, carentes e vítimas de uma visão maniqueísta das coisas. O indivíduo índigo precisa que sua família e amigos funcionem como amortecedores, para se sentir em segurança no mundo. Precisa de alguém em quem confiar. Numa relação íntima, não quer ter de controlar seu comportamento, e por isso escolhe pessoas que tenham simpatia por sua necessidade de comunicação de alma para alma, e que aceitem sua impossibilidade de se adaptar a conceitos sociais. Muita gentileza e envolvimento emocional são a recompensa para quem se relaciona com ele.

PODER PESSOAL E ESTILO DE LIDERANÇA: EXERCÍCIO DA VONTADE INDIVIDUAL

O indivíduo índigo é o líder de uma nova era pelo fato de seguir sua própria direção interior. Não lidera pela força, pela vontade ou pela personalidade. Seu poder reside na indiferença pelas recompensas e pela recusa em ser manipulado. Ele lidera fazendo-nos repensar e reexaminar nossas crenças, valores e formas de fazer as coisas. Ao questionar as práticas tradicionais, passa a expor a tremenda falta de lógica de muitas coisas que fazemos. Não tem a capacidade administrativa ditatorial do indivíduo de aura violeta. Vê a realidade alternativa do de aura lilás e ainda por cima, adicionalmente falando, conhece as transformações que estão para acontecer na tecnologia, ciência e invenção. É a nossa esperança.

A pedra fundamental de sua personalidade, de seu poder pessoal e de seu estilo de liderança é a recusa em ser manipulado ou coagido, mesmo por si mesmo. Nenhuma consequência é tão grave, nenhum castigo é tão duro que o faça abandonar suas metas. Também não fica enraivecido, não é recalcitrante ou obstinado. Apenas considera todos os fatos e depois toma uma decisão.

O aspecto mais importante do indivíduo de aura índigo é sua adesão ao sistema de valores internos, uma adesão que parece ter nascido com ele.

Não se trata de algo adquirido ou aprendido; é, só isso. Ele representa o ser humano plenamente realizado e que pode incorporar em si todos os desafios e potenciais da vida. Nasce sabendo que a vida é cheia de alegria, e pode continuar sendo, não evitando a dor, mas aceitando-a; não sendo bom, porém enfrentando a cobiça, a ambição e a inveja, e integrando-as ao seu próprio ser.

OPÇÕES FINANCEIRAS: SEGUINDO OS PRÓPRIOS CAMINHOS

O indivíduo índigo não entende quase nada de dinheiro, e o vê como parte do sistema de manipulação usado por algumas pessoas para controlar e dirigir as ações e comportamentos de outras. Trabalha porque gosta, porque traz benefícios e prazer para si e para os outros, e porque se sente útil trabalhando. Se achar um emprego tedioso, ou que exija mais esforço do que foi combinado, ele apenas o abandona.

O indivíduo índigo não é preguiçoso. Observá-lo trabalhando num projeto que o interessa e que absorve toda a sua atenção é defrontar com a verdadeira tenacidade. Sabe o que deseja e o que não deseja.

Isso o coloca na situação precária de tentar imaginar como é possível se sustentar fazendo o que gosta. Uma de suas saída é a vida comunitária. Viver de forma a dividir as despesas e as responsabilidades funciona bem para ele.

ESCOLHA PROFISSIONAL: A VISÃO DO FUTURO

No mundo atual, o indivíduo índigo tem grande satisfação em trabalhar com as mãos, ou com qualquer coisa ligada à ciência, à arte. São inteligentes, de fala envolvente, trabalham duro e são dedicados.
Possuem habilidade para lidar com coisas eletrônicas.

No futuro, na medida em que surgirem novas situações e necessidades, o indivíduo de aura índigo será o mais requisitado, pois possui uma visão antecipada do futuro. Pode ser um excelente médico, psiquiatra, psicólogo, escritor, tecnólogo, biólogo, cientista, filósofo, e deve correr para bem longe de atividades como direito, ciências políticas e prendas domésticas.

ESPIRITUALIDADE: ALÉM DOS CONCEITOS HUMANOS

A espiritualidade expressa pelo indivíduo de aura índigo é um exemplo do que deve ser a vida sem a culpa e o medo usados por tantas religiões para intimidar e manipular seus seguidores. Ele sente a natureza da própria divindade, aquela parte de si que é um reflexo da perfeição divina. Para ele, a espiritualidade está relacionada à autenticidade das coisas como elas são, sem adjetivos limitadores, que dividem a realidade em coisas "boas" ou "más".

O indivíduo índigo parece nascer sabendo tudo, graças à mutação energética e bioquímica que lhe permite entrar em conexão empática com O Todo. Não vê a vida sob a óptica de conceitos como "evolução" ou "perfeição", pois consegue captar a sutil verdade de que, para admitir a existência de evolução, precisaria admitir primeiramente a existência de coisas "melhores" e "piores", e ninguém melhor que o índigo para saber que isso não existe, exceto nas mentes das pessoas escravizadas pelo maniqueísmo.

Ele tem uma relação única com o Poder Superior. A maioria da humanidade considera tal poder como algo "acima" e "distante", e assim o busca. O indivíduo índigo parece ter a sensação íntima do poder superior. Para ele, o Poder Superior é uma realidade cotidiana, não um conceito teológico. Deus é. Ele vê a busca humana pela espiritualidade como uma fachada primitiva, tola, ingênua e empobrecida.

De uma forma curiosa, entretanto, é justamente o indivíduo índigo o que mais sente facilidade para se adaptar a práticas espirituais tradicionais. Tem dom para a meditação, e aprecia objetos cerimoniais, velas, incenso, mandalas, fogueiras, pedras, símbolos. Todavia, tais ritos e objetos são utilizados, em verdade, pelo índigo, para ele brincar, o que não elimina o respeito que sente pelo primitivismo humano. Entedia-se, mas é sutil.

É uma pessoa eclética no plano espiritual, capaz de fazer um mix de tradições, rituais e símbolos ao mesmo tempo, obtendo paz e conforto desses objetos exteriores. Mas não é realmente ligado a nada disso, ou a qualquer sistema de crenças. O índigo compreende, desde a mais tenra idade, que há uma configuração no Universo que tem muito pouco a ver com as normas e regras que as pessoas fizeram. São os enviados da nova espiritualidade holística, e não aprenderam isso com ninguém. Tudo, o templo e os objetos de poder, estão dentro dele, e por mais que muitas pessoas conheçam ou preguem isso em teoria, com o índigo é diferente. Ele simplesmente sabe.

O índigo é compreendido como uma mutação paranormal no esteio da humanidade atual. É este o ser que tem a visão da tecnologia e do futuro. Para ele, nossa civilização parece tão bárbara e supersticiosa quanto a corte do Rei Artur pode parecer a um americano comum.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Sobre relacionamentos casuais

Dizem que antigamente a vida era mais simples. Difícil discordar, principalmente quando o assunto é relacionamentos.

Nos tempos da minha avó, quando um caboclo queria chegar na cabocla, ele ia direto no pai dela e dizia: "Quero a mão da sua filha em casamento". Daí o pai poderia dar-lhe um abraço ou meter-lhe um tiro de trabuco nas fuças (acontecia). Mas não havia complicação sobre onde começava o relacionamento. Ou as pessoas estavam casadas ou estavam solteiras e pouco havia "áreas cinzas" entre esses dois extremos.

Hoje a modernidade troxe essa invenção estupenda: o rolo. Novamente: se o caboclo hoje chega na cabocla, primeiro que não tem mais que passar pelos pais (e arriscar dar de cara com o trabuco), segundo que entre um primeiro beijo e um casamento, pode haver uma distância que às vezes nunca chega a ser percorrida, afinal hoje as pessoas que se dispõem a pôr um anel no dedo diminuiram drasticamente. Tenho amigos que categoricamente afirmam que jamais se casarão.

Digamos que um camarada conheça uma camarada numa festa. Dependendo do nível do alcool, talvez eles nem troquem nomes, muito menos se lembre do ocorrido no outro dia. Mas não entremos nesses termos. Digamos que os dois estejam sóbrios. Começam a conversar, descobre coisas em comum e acabem ficando.

Até aí tudo beleza. Mas de repente chega o dia seguinte. Vem na cabeça de ambos o "E agora?". Se eles realmente tiverem ficado por mais do que uma atração momentânea, provalvemente vão querer se ligar no outro dia. Conversas virão, quem sabe um novo encontro, quem sabe ficam de novo. Se você é daqueles que não param pra pensar nessas coisas, ótimo, mas se você não é assim, provavelmente uma hora vai questionar: "O que é que nós temos?". É aí que o bicho pega.

As pessoas de hoje em dia tendem a ser orgulhosas em relação a relacionamentos. Quando falo orgulhosas eu quero dizer que a última coisa que eles querem fazer é admitir que gostam da outra pessoa. Será que é tão humilhante assim dizer: "Eu gosto de você"? O pior é quando a coisa é óbvia. Digamos que o "relacionamento" já tenha semanas, quem sabe meses, mas mesmo que a coisa até estável já seja, os envolvidos não admitem o sentimento que já existe. Claro, nisso estou considerando que as pessoas sejam daquelas que realmente tenham sentimentos, porque tenho notícia de pessoas que ficam durante meses só por ficar e realmente não tem nada mais que isso. Acho esses casos realmente deprimentes...

Muita gente diz que quer "curtir a vida". Será realmente que é as únicas pessoas que curtem a vida são as solteiras? Será que um casal não pode viajar, sair, dançar, entre tantas outras coisas? Eu compreendo que estar num relacionamento envolve abrir mão de umas coisas. Você não é livre pra fazer o que quiser do jeito que faria se estivesse sozinho. Mas por outro lado você ganha coisas que jamais teria sozinho. A sensacão de ter com quem contar, de ter uma companhia perene, faça chuva ou faça sol, é estupenda. E se você curte fazer certas coisas, só se relacionar com alguém que tenha gostos semelhantes, oras.

Claro que boa parte das pessoas ao dizer que querem "curtir a vida", usam essa expressão como sinônimo de "quero pegar geral". Acho que uma vida assim pode ser divertida no começo. Mas a verdade é que a maioria das pessoas não querem viver a vida assim pra sempre. Mas será que quando chegar a hora de elas sossegarem elas encontrarão uma pessoa que queira estar com elas? E se a pessoa perfeita passou pela sua vida mas como você queria só curtir, deixou ela ir embora? O tempo não volta.

Algo a se pensar, não?

Homens de verdade

"O verdadeiro homem não é aquele que conquista várias mulheres, mas sim o que conquista uma só inúmeras vezes" (Não sei o autor)

No light, no light (Florence + The Machine)

A última música em que me viciei

***

No light, no light

You are the hole in my head
You are the space in my bed
You are the silence in between
What I thought and what I said
You are the night time fear
You are the morning when it's clear
When it's over, you're the start
You're in my head, you're in my heart

No light, no light in your bright blue eyes
I never knew daylight could be so violent
A revelation in the light of day
You can't choose what stays and what fades away
And I'd do anything to make you stay

No light, no light
Tell me what you want me to say

Through the crowd I was crying out
And in your place there were a thousand other faces
I was disappearing in plain sight
Heaven help me, I need to make it right

You want a revelation
You want to get right
But it's a conversation
I just can't have tonight

You wan a revelation
Some kind of resolution
You want a revelation

No light, no light in your bright blue eyes
I never knew daylight could be so violent
A revelation in the light of day
You can't choose what stays and what fades away
And I'd do anything to make you stay

No light, no light
Tell me what you want me to say

Would you leave me
If I told you what I'd done?
And would you leave me
If I told you what I'd become?
'Cause it's so easy to sing it to a crowd
But it's so hard, my love
To say it to you all alone

No light, no light in your bright blue eyes
I never knew daylight could be so violent
A revelation in the light of day
You can't choose what stays and what fades away
And I'd do anything to make you stay

No light, no light
Tell me what you want me to say

You want a revelation
You want to get right
But it's a conversation
I just can't have tonight

You wan a revelation
Some kind of resolution
You want a revelation

You want a revelation
You want to get right
But it's a conversation
I just can't have tonight

You wan a revelation
Some kind of resolution
Any words you want me to say